CAVALHADAS DE VILDEMOINHOS A TRADIÇÃO MANTEM – SE

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Fielmente, cumprindo, pois, a sacra tradição e, cada vez, com maior rigor histórico, o cortejo trambelo prepara – se para subir à cidade de Viriato, trazendo consigo a doçura dos manjericos e o gosto popular de São João e a alegria contagiante de um povo que, ao longo de século, impôs – se pelos seus direitos, quando em ano distante, de seca, os lavradores a nascente, represaram a agua do bazófia Rio Pavia, fazendo parar as 43 mós de fabricar farinha. A luta, nesse ano de 1652, não foi fácil, o compadrio dos agricultores fiz os juízes de Viseu julgarem a seu favor. O supremo Lisboeta não concordou com a injustiça que estava a ser feita aos moleiros de Vildemoinhos, dando razão a quem a tinha, fazendo de novo a água bater no rodízio que faz girar a mó, com o trambelo a dar o ritmo da queda dos cereais para serem transformados em farinha.

Assim, aconteceu precisamente há 367 anos, como ato de reconhecimento e agradecimento a S. João por aquele bem que considerarão perdido, organizando um cortejo com trambelos e com os seus burros de transportarem a farinha, organizaram as Cavalhadas que, daí para cá, se tem repetidos ininterruptamente, para nos últimos serem um dos maiores eventos a nível nacional. E como equipa vencedora, não se altera, a presidência de Ramiro Oliveira Figueiredo tem dado ao evento enorme dimensão de grandeza na qualidade.

Modesto, quase tímido, mas competente, bairrista q.b, divide esse louvor, em tom apologético, da forma seguinte:

“”– Nunca estive, como dirigente, em corpos sociais, tão orgulho como estou com esta que constitui as Cavalhadas de Vildemoinhos. “ – disse convictamente.

– Interrompemos: Logo, equipa vencedora não se altera-” Prosseguiu: Sim! Vildemoinhos reconhece esse trabalho de cada ano ser cada ano melhor, não houve mais listas concorrentes e assim ficamos mais um ano para realizar a 367ª cavalhada que será, garantidamente, a melhor de sempre, com mais carro alegórico, alguns deles enormes com dois atrelados e tradicionais, com muita surpresa, onde impera o tradicional, sempre, mas já com um cheirinho de modernidade.

Porque pretendemos que os Espanhóis venham a Viseu ver as Cavalhadas de Vildemoinhos, temos chamado grupos das cidades vizinhas para participarem no cortejo alegórico fazendo assim publicidade ao evento, para que, cada vez em maior número, venham também eles, venham ver e conhecer a cidade de Viriato, a melhor cidade para viver”.

-É assim! Quando os meios de comunicação portuguesa, sediados em Lisboa, não divulga o maior acontecimento popular que se realiza no país, somente por se passar em VISEU, a direção das Cavalhadas demonstra desta forma de que, “quem não tem cão, caça com um gato…”