Marcelo tem criticado "cegueira" face às alterações climáticas e elogiado Portugal

O Presidente português tem criticado a “cegueira” de decisores políticos a nível mundial face às alterações climáticas e, em contraponto, tem elogiado Portugal, considerando que “está a dar um exemplo com o seu roteiro”.

Marcelo Rebelo de Sousa, que vai intervir hoje, em Nova Iorque, na Cimeira da Ação Climática convocada pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, tem apoiado a sua ação nesta matéria, bem como as manifestações de estudantes por todo o mundo, subscrevendo o lema de que “Não há planeta B”.

Em 22 de junho, dirigindo-se a um grupo de jovens ativistas, em Lisboa, disse-lhes: “Eu já apoiei a ideia de uma declaração de estado de emergência climática. Espero que seja aprovada brevemente”.

Embora tenha afirmado na sexta-feira, em Viseu, que tenciona “continuar a comer carne, nomeadamente carne de vaca”, a propósito da decisão da Universidade de Coimbra de retirar a carne de vaca das cantinas por razões ambientais, o chefe de Estado apelou recentemente a “uma mudança radical de hábitos de vida” pela preservação da Terra e da espécie humana.

“Devemos perceber, de uma vez por todas, que, em face de certos fenómenos, como as alterações climáticas e o aquecimento global, a espécie humana encontra-se, ela própria, ameaçada. Se nada fizermos, se nada mudarmos, a humanidade corre o risco de extinção. Um risco que se apresenta num horizonte temporal cada vez mais próximo”, escreveu, no dia 05 de junho.

Numa mensagem para assinalar o Dia Mundial do Ambiente, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que “é urgente mudar de vida” e que todos têm de participar nessa mudança, combatendo “a dependência de fontes não renováveis de energia, o desperdício alimentar e a produção desmedida de lixo doméstico, o uso desmesurado de plásticos”.

Há que combater o uso “de materiais poluentes e não recicláveis e de recursos naturais finitos, com destaque para a água, o excesso de produção de CO2, a manutenção de comportamentos que agridem a natureza e os equilíbrios ecossistémicos”, completou.

O Presidente da República referiu que “as previsões são cada vez mais sombrias” e que “dados recentes vieram mostrar que o número de espécies ameaçadas não cessa de crescer, na Europa e em todo o mundo”.

“É tempo, é mais que tempo, de tomarmos as decisões urgentes que se impõem”, reforçou.

Quando o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou que os Estados Unidos iriam abandonar o Acordo de Paris, a meio de 2017, Marcelo Rebelo de Sousa reagiu declarando que as alterações climáticas são uma evidência que “se vai impor”, mesmo que haja alguém que “se considere importantíssimo no mundo que negue isso”.

“Há coisas que são tão óbvias na vida. É como achar que se pode tapar o sol com o dedo – o sol está lá e o dedo não tapa o sol”, comparou.

O chefe de Estado, que falava nos Açores, no dia 01 de junho de 2017, considerou que a Europa deve unir-se e “continuar a ser uma campeã desta causa”.

Desde então, Marcelo Rebelo de Sousa repetiu em diversas ocasiões críticas aos líderes mundiais que têm um discurso de negação das alterações climáticas, e utilizou a expressão “cegueira” para descrever o seu comportamento.

“A questão das alterações climáticas não é uma mania, é uma questão objetiva”, afirmou, no dia 20 de maio deste ano, sublinhando “o contraste entre o consenso existente no domínio versado na sociedade portuguesa e a posição de decisores responsáveis a nível mundial que teimam em não querer ver”.

No seu entender, na sociedade portuguesa existe “uma grande coligação” quanto às alterações climáticas, e as políticas seguidas por “vários governos” denotam uma “grande confluência”.

Na segunda edição do fórum “Uma Faixa, Uma Rota”, em Pequim, num painel sobre ambiente e desenvolvimento sustentável, no dia 27 de abril deste ano, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que “o direito a um ambiente saudável constitui um direito fundamental” e que “as alterações climáticas são a questão decisiva” da atualidade.

“Passaram-se três anos desde o Acordo de Paris que definiu um novo rumo para o esforço global no combate às alterações climáticas. Mais do que nunca, será preciso liderança forte e ambição política para implementar este acordo histórico”, declarou.

 

 

Lusa

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