BE Viseu – Balanço das Eleições Legislativas 2019

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O Bloco de Esquerda de Viseu refere em nota à imprensa que definiu quatro grandes objetivos para as Eleições Legislativas de 2019, procurando, de modo geral, materializar em campanha o trabalho contínuo que tem sido feito por todo o distrito. Conseguiu concretizar três deles, ficando perto de concretizar o quarto.

O primeiro objetivo alcançado foi o de continuar a estar ao lado das pessoas certas nas causas certas: trabalho, saúde, interioridade, ambiente, educação, entre outras. Estivemos em Mangualde com os trabalhadores da PSA em greve, bem como com vários trabalhadores que exigem regras e direitos para o trabalho por turnos e noturno. Estivemos com as populações na luta contra a poluição dos rios do distrito. Estivemos nas ruas na Greve Climática. Estivemos com utentes e profissionais do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Estivemos com as populações de aldeias isoladas, algumas sem água potável e saneamento.

Fazer chegar informação a todo o distrito, foi o segundo objetivo, não negligenciando os locais menos óbvios. Fizemos sessões em locais pouco lembrados, como Rompecilha, uma das mais pequenas aldeias do concelho de São Pedro do Sul; em Penedono, o concelho mais pequeno do distrito; discutimos os direitos das mulheres em Resende; falámos sobre interioridade em São João de Areias, vila do concelho de Santa Comba Dão, e de ambiente em Dardavaz, pequena freguesia do concelho de Tondela. Em Viseu falámos do SNS, inaugurámos de forma simbólica a estação ferroviária de Viseu e reabrimos, mais uma vez, o cinema Ícaro, equipamento abandonado no centro da cidade, no contexto do projeto político-cultural Sementeira onde juntámos ainda mais de trezentas e cinquenta pessoas do interior num Mega Almoço. Estes são exemplo de atividades que desenvolvemos durante mais de trinta dias na rua e de privilegiado contacto com as gentes de todo o distrito, em que estivemos nos vinte e quatro concelhos com as nossas propostas e em contacto direto com a população.

O terceiro objetivo era consolidar o Bloco de Esquerda como a terceira força política do distrito de Viseu. Conseguimos, ficando à distância considerável de dois pontos percentuais da quarta força política, o CDS-PP, equivalentes a uma diferença de 3500 votos.

O quarto objetivo, assumidamente o mais difícil, era a eleição de uma deputada do Bloco de Esquerda pelo círculo eleitoral do distrito de Viseu. Não o conseguimos concretizar, ficando apenas a 1752 votos de conseguir eleger o oitavo mandato. O objetivo teria sido atingido se no distrito, para estas eleições, não tivesse ocorrido a redução dos nove mandatos anteriores. O nono mandato seria inequivocamente do Bloco de Esquerda, algo que neste distrito nunca foi possível com nenhum partido à esquerda do PS.

Os quase 14000 votos obtidos nestas eleições dá-nos vontade de continuar a trabalhar em proximidade com as populações, confiança para ousar questionar o conservadorismo muitas vezes associado aos territórios do interior e uma acrescida responsabilidade em acompanhar e lutar pelas causas de quem vive no Distrito de Viseu.

A Comissão Coordenadora Distrital de Viseu