Andam faunos por Viseu

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Andam Faunos Pelos Bosques, obra literária de 1926 da autoria ilustre do beirão Aquilino Ribeiro, envolta em polémica fogueada e em conflitos ideológicos, estreia-se nos estrados do teatro pelo engenho e criatividade da AFTA, grupo OFF, que incentiva autores de vários ofícios criativos a expressar artisticamente o que pensam acerca do escritor que conquistou a devida perpetuidade.

(..)bendita a Virgem Santa Maria, para que nos dê um bom dia, e na hora da nossa morte nos assista e nos conforte, nos dê graça, nos dê luz, ora e sempre, amém Jesus!(…)” – Aquilino Ribeiro, Andam faunos pelos bosques

Florbela Sá Cunha, responsável pela dramaturgia e criação do espectáculo desta peça inaudita, revela ao Notícias de Viseu parte da estrutura teatral: “Contamos já com 14 actores em cena, Isabel Brito Moura, Irene Telo de Castro, Carlos Cruchinho, João Almiro, Rafael Lopes, Margarida Quintal, Helena Figueiredo, Francisco Poppe, Gabriela Coutinho, José Carlos Leorne, Sérgio Silva, Sandra Correia Lúcia Vilhena, Maria Manuela Antunes, dois músicos, Sara Costeira e João Afonso Sousa, que executam a música ao vivo durante o evento e ainda Samuel Santana, na fotografia e grafismo. Foi a 31 de Maio que ocorreu a estreia, em Vila Chã do Monte, Torredeita, na casa do professor Adélio Carvalho, um espaço magnífico que evoca o início do século XX.”

O tributo ao autor não se fica por aqui. No dia 13 de Setembro, na comemoração do aniversário de Aquilino Ribeiro, realizar-se-á o evento “Um Escritor Confessa-se”, com variados percursos teatrais pela cidade de Viseu, inspirados na sua obra. A peça de teatro do livro “O Malhadinhas” tem estreia marcada para o ano de 2020. “O nosso objetivo é fazer um tríptico teatral intitulado: Faunos e Malhadinhas por Terras do Demo. Ou seja, adaptar para teatro, Andam faunos pelos bosques, Malhadinhas e Terras do Demo.” – explica Florbela Sá Cunha

Recomenda-se aos leitores seduzidos pela escrita aquiliniana que consultem as redes sociais da página do Grupo OFF, onde datas, locais e outros elementos informativos se encontram expostos.

Francisco Paixão